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ANÁLISE DO FILME: PROPOSTA INDECENTE (1993)

Resumo: Um bilionário oferece a Diana um milhão de dólares para eles passarem uma noite juntos. Ela é casada e seu casamento está enfrentando uma crise financeira. Será que ela vai aceitar?

O filme é um drama, sobre romance, casamento, escolhas e crenças. Quem me acompanha aqui sabe o quanto eu bato na tecla do poder da autorresponsabilidade, eu sempre tento fazer com que vocês entendam que o poder de escolha existe e que a partir disso é preciso também lidar com as consequências.

 

Pensando no casamento e no romance dos personagens já é possível detectar algumas crenças disfuncionais dentro daquela relação que começou quando os dois eram bem jovens, ali existe uma crença de que “um é do outro”, sendo que essa é uma crença totalmente errônea, porque na vida real, ninguém é de ninguém. Somos donos dos nossos próprios narizes e o outro não tem poder sobre a minha vida.

 

O casal está passando no momento por uma grave crise financeira, todos sabem que a falta de dinheiro gera inúmeros e graves problemas, coisas graves geram desespero e desespero gera más ideias. Más ideias podem existir, o desafio é quando uma má ideia é colocada em ação, e é aí que entra o poder da escolha. Compreendam que más ideias podem gerar grandes prejuízos, ou seja, elas podem aumentar os problemas.

 

Entenda o seguinte, as consequências de nossas escolhas podem gerar sofrimento e arrependimento ao futuro (curto, médio e longo prazo), e também podem acarretar consequências na minha vida e na vida dos outros. Então toda tomada de decisão deve acontecer de forma consciente.

 

Tudo que não é pensado de forma estratégica acaba trazendo vários arrependimentos e dependendo da situação pode ser que seja tarde demais, alguns erros não podem ser corrigidos. Consertar erros é muito mais difícil do que pensar antes.

 

Já falei muito aqui sobre autorresponsabilidade, uma pessoa autorresponsável sabe que a escolha é dela, e que as consequências também são, e que sendo assim é preciso lidar, seja lá com o que for. Esses frutos podem ser emocionais, financeiros, físicos, pessoais, profissionais, enfim.

 

Eu sempre digo: “Problemas precisam serem resolvidos”, e aqui é importante sentar, pensar e planejar, para que a decisão seja saudável, consciente e que gere o menor número de prejuízos possíveis. Boas soluções só são possíveis com a cabeça mais fria, emoções em um estado mais neutro, com perspectiva de todas as consequências futuras.

 

Outro erro cognitivo e comportamental que o filme mostra nos dois personagens principais é a crença na SORTE, ou seja, a crença de que a solução de um problema pode ser rápido e fácil. Na minha opinião SORTE é uma esperança vaga em algo que você não tem controle, acreditar na sorte tira o seu poder de controlar as variáveis do seu próprio problema.

 

Jogar os problemas nesse tipo de crença, como a “sorte” e o “com o tempo tudo se resolve” é uma jogada de alto risco para sua vida, é aqui que você perde sua tomada de decisão.

 

Conforme o título do filme “Proposta Indecente”, quem já assistiu sabe, a proposta é realmente indecente (dependendo do ponto de vista, claro), mas o problema não está no tipo de proposta, o problema na verdade está nas escolhas, e como você deve saber, toda proposta, sendo ela indecente ou não, tem mais de uma opção para que você possa escolher. Não existe uma proposta com um único caminho.

 

Enfim, todo processo de escolhas envolvem sua tomada de decisão. TODOS. E cabe a você escolher aquilo que é mais conveniente e mais benéfico para sua própria vida. Outro ponto importante do filme é o famoso DILEMA que ele coloca os personagens, porque queira ou não, as duas opções que eles tem dentro da proposta são boas e ruins ao mesmo tempo (como muita coisa em nossas vidas reais). Ambas vão gerar resultados positivos e negativos, ambas vão acarretar consequências incalculáveis na vida daquele casal.

 

Um erro que me chama muito a atenção é algo bem famoso em nossas vidas, fazemos muito isso: “Eu não queria, eu fiz por você” ou “Não era bem o que eu queria, acabei fazendo pelo outro”. Gente, pelo amor! Coloquem na cabeça de vocês: NINGUÉM FAZ NADA PELO OUTRO, as pessoas fazem por si mesmas, por motivos variados, mas por si mesmas. Um outro dia eu falarei mais sobre isso aqui.

Não vou prolongar o assunto, resumidamente é isso. Vale muito a pena assistir esse filme. Vocês vão perceber que TODAS AS PARTES ENVOLVIDAS do drama do filme tomam decisões o tempo todo de suas vidas, isso é vida.

 

Frase do Filme: “FAÇA POR SUAS PRÓPRIAS DECISÕES OU NÃO FAÇA!”.

Psicóloga: Lauane A. C. Silva - CRP 06/137216

Psicoterapia e Supervisão em Terapia Cog. Comportamental

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